Correr é liberdade, superação e saúde, porém também é impacto e repetição.
Entre os corredores, é comum aparecer dor no quadril, joelho ou tornozelo, resultado de uma tendinopatia.

O problema não está em correr e sim, em como o corpo é preparado e recuperado para isso.


O que acontece com o tendão do corredor

Durante a corrida, o tendão funciona como uma mola: ele armazena e libera energia a cada passo.
Quando o treino é intenso demais, o descanso é curto ou há desequilíbrio muscular, o tendão sofre pequenas microlesões e perde sua organização interna.

Com o tempo, isso causa dor, rigidez e queda no desempenho.
Segundo o modelo de Cook & Purdam (2009), a tendinopatia não é apenas inflamação — é um processo de desadaptação do tecido.

O tendão reage à carga mal distribuída e precisa reaprender a lidar com ela de forma gradual e inteligente.


As tendinopatias mais comuns em corredores

  1. Gúteo médio – dor lateral no quadril, que piora ao subir escadas ou correr.
  2. Patelar – dor abaixo da rótula, comum em quem faz treino de força ou desce ladeiras.
  3. Calcâneo – dor no calcanhar, especialmente em iniciantes ou em quem aumenta o volume de treino rápido demais.

Principais causas

  • Aumento brusco de carga (quilometragem, intensidade ou inclinação).
  • Fraqueza de core e glúteos, gerando falta de estabilidade.
  • Falta de recuperação muscular entre os treinos.

Como prevenir

A prevenção é a chave — e começa fora da corrida.

O corredor precisa de:

  1. Fortalecimento de glúteos e core
    Esses músculos dão suporte, estabilizam o quadril e protegem o tendão.
  2. Treinos cruzados com Pilates
    Eles melhoram controle, equilíbrio e consciência corporal.
  3. Massagem esportiva e recovery semanal
    Essas práticas aliviam tensões, reduzem rigidez e previnem sobrecarga.
  4. Progresso gradual de volume
    O tendão se adapta à carga — respeite o tempo dele.
  5. Sono e alimentação adequados
    Um tendão nutrido e descansado se recupera melhor.

Tratamento

O tratamento da tendinopatia em corredores envolve modular a carga, realizar exercícios específicos e manter a recuperação ativa.

No Espaço Ví Van, o protocolo combina:

  • Fisioterapia esportiva para corrigir e equilibrar o movimento;
  • Pilates para restaurar força e controle;
  • Massagem esportiva para liberar tensões e melhorar performance.

Nada de parar de correr por meses!
A meta é corrigir, adaptar e reintroduzir a carga com segurança, mantendo o prazer da corrida.


Resumindo

A tendinopatia é um sinal de alerta, não o fim da corrida.
Com o tratamento e a prevenção certos, o corredor aprende a treinar de forma mais inteligente e aproveitar o que o corpo tem de melhor: a capacidade de se adaptar.

💜 Espaço Ví Van – Movimento é Mais Vida!
Vaneide Santana • Fisioterapeuta • Crefito 255880/F