Correr é liberdade, superação e saúde, porém também é impacto e repetição.
Entre os corredores, é comum aparecer dor no quadril, joelho ou tornozelo, resultado de uma tendinopatia.
O problema não está em correr e sim, em como o corpo é preparado e recuperado para isso.
O que acontece com o tendão do corredor
Durante a corrida, o tendão funciona como uma mola: ele armazena e libera energia a cada passo.
Quando o treino é intenso demais, o descanso é curto ou há desequilíbrio muscular, o tendão sofre pequenas microlesões e perde sua organização interna.
Com o tempo, isso causa dor, rigidez e queda no desempenho.
Segundo o modelo de Cook & Purdam (2009), a tendinopatia não é apenas inflamação — é um processo de desadaptação do tecido.
O tendão reage à carga mal distribuída e precisa reaprender a lidar com ela de forma gradual e inteligente.
As tendinopatias mais comuns em corredores
- Gúteo médio – dor lateral no quadril, que piora ao subir escadas ou correr.
- Patelar – dor abaixo da rótula, comum em quem faz treino de força ou desce ladeiras.
- Calcâneo – dor no calcanhar, especialmente em iniciantes ou em quem aumenta o volume de treino rápido demais.
Principais causas
- Aumento brusco de carga (quilometragem, intensidade ou inclinação).
- Fraqueza de core e glúteos, gerando falta de estabilidade.
- Falta de recuperação muscular entre os treinos.
Como prevenir
A prevenção é a chave — e começa fora da corrida.
O corredor precisa de:
- Fortalecimento de glúteos e core
Esses músculos dão suporte, estabilizam o quadril e protegem o tendão. - Treinos cruzados com Pilates
Eles melhoram controle, equilíbrio e consciência corporal. - Massagem esportiva e recovery semanal
Essas práticas aliviam tensões, reduzem rigidez e previnem sobrecarga. - Progresso gradual de volume
O tendão se adapta à carga — respeite o tempo dele. - Sono e alimentação adequados
Um tendão nutrido e descansado se recupera melhor.
Tratamento
O tratamento da tendinopatia em corredores envolve modular a carga, realizar exercícios específicos e manter a recuperação ativa.
No Espaço Ví Van, o protocolo combina:
- Fisioterapia esportiva para corrigir e equilibrar o movimento;
- Pilates para restaurar força e controle;
- Massagem esportiva para liberar tensões e melhorar performance.
Nada de parar de correr por meses!
A meta é corrigir, adaptar e reintroduzir a carga com segurança, mantendo o prazer da corrida.
Resumindo
A tendinopatia é um sinal de alerta, não o fim da corrida.
Com o tratamento e a prevenção certos, o corredor aprende a treinar de forma mais inteligente e aproveitar o que o corpo tem de melhor: a capacidade de se adaptar.
💜 Espaço Ví Van – Movimento é Mais Vida!
Vaneide Santana • Fisioterapeuta • Crefito 255880/F


